Diz Santo Agostinho: A vaidade e o orgulho são os motivos de todos os pecados humanos.
O que uma coisa tem com a outra. Tudo, senão vejamos:
1. Foi por inveja que a serpente tentou Adão e Eva. Então Deus disse: "Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Que ele reine sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos e sobre toda a terra, e sobre todos os répteis que se arrastem sobre a terra." Será que haveria motivo para inveja da serpente maior que este?
2. Foi por vaidade e orgulho que do Éden Adão e Eva foram expulsos. Deus deu-lhe este preceito: “Podes comer do fruto de todas as árvores do jardim; mas não comas do fruto da árvore da ciência do bem e do mal; porque no dia em que dele comeres, morrerás indubitavelmente.”
3. Foi aí que a serpente usou da vaidade humana para viabilizar o início do pecado, e da morte, no mundo. Disse a serpente: “Se comerdes do fruto não morrereis. Deus bem sabe que, no dia em que dele comerdes, vossos olhos se abrirão, e sereis como deuses, conhecedores do bem e do mal.”
4. Foi para ser “como Deus” que Adão e Eva comeram do fruto proibido. Existe algo que demonstre mais vaidade que isso? Ser como Deus. O pecado e a queda nasceram da vaidade humana. Santo Agostinho tem razão.
Chegamos na questão da morte citada acima referente ao livro dos provérbios. Que tipo de morte está ali citada e quem irá prová-la? Será a morte física do homem? Não, irmãos. A morte a que este versículo se refere é a da alma em eterno sofrimento queimando em um fogo que não se apaga alimentado pela eterna ausência de Deus.
Se a vaidade iniciou a queda. A salvação inicia-se pela humildade.
"Examinei todas as coisas que se fazem debaixo do Sol. Pois bem, tudo é vaidade e aflição do espírito! - Ecl 1,14"