quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Aos pés da cruz

Uma mulher extraordinária acompanhava o suplicio de seu filho. Crucificado e completamente desfigurado pelas violentas agressões, ali estava o filho de Deus e seu filho. Ao lado do discípulo amado, o único que ouviu o bater do coração do Cristo, em pé, como afirma o evangelho de São João, ali estava a escolhida de Deus. Maria, cheia de graça como disse o anjo que anunciou o nascimento do Salvador, assistia o último suspiro de seu filho e a redenção da humanidade. Maria sabia que estava morrendo seu filho, o filho de Deus e o redentor da humanidade. Sempre foi consciente de tudo desde o primeiro minuto após a anunciação quando o anjo a chamou “cheia de graça”.

“Maria em pé”. Esta afirmação de São João precisa ser meditada. Saber da morte de um filho já é extremamente doloroso. Assistir a flagelação, o escárnio, a crucificação e a morte é, com certeza, motivo de sofrimentos inimagináveis. Acrescendo-se a isso a consciência que ela tinha de que naquele momento a humanidade matava também o filho de Deus e seu redentor, fica evidente a dimensão espiritual de Maria.

Onde está Maria agora? Junto de Deus como todas as mulheres que mereceram a salvação? Olhada por Jesus como uma igual a todas? Não, amigos. Está ali intercedendo pela humanidade como mãe de Jesus, mãe do redentor, mãe da nova aliança, de Deus e da humanidade.

Maria! Orai por nós, por eles, e perdoai-os. Eles afirmam o que não sabem.

"Examinei todas as coisas que se fazem debaixo do Sol. Pois bem, tudo é vaidade e aflição do espírito! - Ecl 1,14"