sábado, 29 de outubro de 2011

Acusados de Idolatria

Esta é a acusação mais veemente feita aos católicos pelos evangélicos. Sinceramente, só consigo entender tal veredicto acusatório como fruto de preconceitos históricos ou desinformação. Falando com sinceridade: os católicos não são pagãos nem idolatras. Acusá-los disso só é possível para quem baniu do seu repertório de crenças a questão do merecimento. Maria foi escolhida sem ter antes merecido, Pedro, João e os Apóstolos todos. Será que pensam mesmo assim? Merecer pra que? Segundo eles basta aceitar. Modificar a vida para que? Viver uma vida santa, qual a razão?

Maria estava ali por acaso quando o Anjo anunciou a encarnação do Verbo? Seu mérito foi apenas aceitar ser a mãe de Deus. Pedro estava ali pescando por acaso quando Jesus disse “me segue e farei de ti pescador de almas”? Aceitar foi seu mérito. A vida – passado, presente e futuro - de Maria, de Pedro e de muitos outros não foi considerada por aquele que tudo vê e tudo sabe? Mais uma vez: será?

Os católicos veneram – não adoram – personalidades que aceitaram o Cristo não apenas como afirmação intelectual, mas de forma plena. Não os veneram como capazes de salvar, mas de interceder e como ideal de vida. Neles, veneram a vida simples e humilde, o socorro aos pequeninos de Deus – os pobres e necessitados – a constância na oração, a busca da fé e não das crenças, o respeito ao passado e às tradições, o amor a Deus e ao próximo. Enfim, por trás dos “ídolos” católicos não estão deuses dos ventos, das colheitas, das festas, do trovão e da chuva. Não, lá estão a mãe de Jesus, os que Jesus escolheu pessoalmente, os que de forma plena fizeram suas vidas parecidas com a vida de Jesus e os que optaram totalitariamente pela pobreza, pela obediência e pela Castidade.

Os católicos – como regra doutrinária - não devem colocar suas vidas no que o mundo pode lhes oferecer, poder, fama e dinheiro que são, isso sim, a verdadeira idolatria, mas na coroa de espinhos simbolizando o servir sem ser, ou esperar, ser servido.

"Examinei todas as coisas que se fazem debaixo do Sol. Pois bem, tudo é vaidade e aflição do espírito! - Ecl 1,14"